Vejo no cinema um grande poder de impactar as pessoas. Desde filmes românticos a filmes de ação, por mais besta que seja o filme, existe ali uma espécie de mensagem que pode ser positiva ou negativa. O cinema nos faz rir e chorar, mas em boa parte dos casos, nos faz refletir.
Em um dos meus últimos posts retratei o filme "Amor e Outras Drogas", o que escrevi naquela ocasião foi pouco aprofundado, apenas uma visão superficial do filme. Contudo, a história contida no filme vai além de uma simples obra de diversão, o tema é muito sério, o Mal de Alzheimer. Essa doença provoca uma diminuição no número de neuro transmissores, uma espécie de conector que permite a relação do cérebro com os membros do corpo, essa doença prejudica a memória e o bom funcionamento dos movimentos, é uma degradação minuciosa.
Para entender mais sobre a sinopse do filme "Amor e Outras Drogas", basta clicar aqui.
Em resumo o filme retrata a história de um homem que se apaixona por uma mulher que está na fase inicial do Mal de Alzheimer, primeiramente o objetivo dos dois era apenas sexo. Ela era convicta que o relacionamento não deveria ir à frente, ele não imaginava que poderia se apaixonar. Com o passar do tempo ele percebe que ela é a mulher certa, mas mesmo assim ela nega, tenta fugir, sabe que a doença provocará sofrimento.
O filme cria um combate entre o amor e a doença, principalmente a relação da influência do medo no futuro. Muitos casais sobem no altar e repetem a frase do representante da cerimônia de casamento: "prometo te amar na alegria e na tristeza, na saúde e na doença..", mas muitas vezes as palavras servem apenas como mais uma parte do ritual. Amar realmente é suportar, talvez seja fácil viver os melhores momentos, o riso, a comemoração do nascimento do filho, mas amar na tristeza e doença é um teste de comprovação do sentimento de amor.
O interessante do filme é que o homem apaixonado, entendeu a doença da sua parceira, percebeu que sua vida seria levá-la nos braços, perdê-la por alguns momentos por causa da falta de memória, mas aceitou tudo isso, porque o que de fato ele sentia era amor. Talvez a mensagem as vezes pareça repetitiva, mas fico analisando esses casais que possuem mais de 30, 40 anos de casados e fico imaginando todo esse tempo vivendo apenas de respeito ou por causa dos filhos, é algo extremamente doloroso, o interessante é ver aqueles que se amam os 30, 40 anos, mesmo sabendo que nem sempre vão se dar bem. O verdadeiro amor facilita tudo, e ele é provado no fogo, nos momentos mais difíceis da vida de um casal. Amar requer mais do que vontade, é necessário entrega e maturidade para entender que amor é mais do que sexo e beijo, e que também é choro e tristeza
O cinema prova que seu papel não é apenas entretenimento barato, mas também reflexão. A necessidade de entender que nem tudo que está tela, morre quando o filme acaba.
Como hoje o tema ficou relacionado também a não ter medo de amar, peguei um vídeo interessante na internet.
Abraços e Tenham uma ótima semana.
M.Barreto
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