Brasil em Guadalajara

Salve, Salve! Sexta chega, demora, mas chega (rs). Tudo bem, tudo indica que por aqui não teremos o sol no nosso final de semana, mas nem por isso deixa de ser final de semana, ok? E mesmo com esse dilúvio não deixaremos de ter o nosso papo sobre esportes, não é mesmo? E com um desempenho tão satisfatório do Brasil no pan, é óbvio que falaremos sobre as nossas medalhas. Medalhas estas que estão nos posicionando na 2º colocação do quadro geral. Tudo bem, estamos longe dos 34 ouros dos EUA, mas em compensação deixamos Canadá e Cuba para trás, que estão em 3º e 4º respectivamente. Se continuarmos assim, alcançaremos um fato inédito. Dessa forma vamos dando um “aperitivo” do que faremos nas olimpíadas da Inglaterra no ano que vem. 

Hoje, temos 42 duas medalhas, sendo 14 ouros, 12 pratas e 16 bronzes. Ok, sei que é apenas uma parcial, mas já vamos conquistando medalhas douradas em várias modalidades. Esportes coletivos e individuais. Sem mencionar as finais que ainda estamos disputando, e os muitos esportes que somos favoritos. Só hoje, Thiago Pereira (natação) disputará duas finais, nos 200m costas e no revezamento 4x100 medley. Nessa edição, ele se tornou o maior medalhista brasileiro em competições pan-americanas, passando o mesatenista Hugo Hoyama. Ambos têm 10 ouros, mas o nadador tem 16 no geral, contra 15 de Hoyama. Ainda temos o futebol masculino e feminino, onde já encaramos a Argentina nas duas. Empatamos no primeiro e ganhamos na segunda categoria. No rugby, recentemente vencemos pela primeira vez a Argentina, que é uma das maiores seleções do mundo, vice no último mundial (na mesma categoria disputada no pan, o rugby sete, onde jogam sete jogadores em cada time). Isso mostra que chegaremos com força.

A grande crítica da vez vai para a emissora do plin-plin. A rede Globo de televisão perdeu a exclusividade para a Rede Record. E por isso nem se deu ao trabalho de mencionar o pan, simplesmente trata a competição como se não ela não existisse. Isso mostra o ‘banho’ que esta tomando em jornalismo esportivo. A única coisa que faço é mudar o canal e ver os ‘verde-amarelos’ brilhando nos pódios. 

Seja nadando, jogando, ou até mesmo atirando, isso mesmo atirando também! Ana Luiza Mello Ferrão se tornou a primeira mulher do país a conquistar uma medalha de ouro no tiro esportivo, ao vencer a prova da pistola 25 metros. Além dela, Roberto Schmits também conquistou o bronze na fossa olímpica. Vai reclamar agora? 

Não há dúvidas que o Brasil tem muito a melhorar. Temos plena capacidade de brigar como igual com os EUA, que hoje tem vinte ouros a mais que nós e soma um total de 98 medalhas. Mas infelizmente ainda falta incentivo ao esporte brasileiro. Leis são impostas, e até seguidas, mas quando passarmos a fazer, não por dever, mas pensando no futuro do nosso país, tenho certeza que as coisas irão melhorar.